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quinta-feira, 6 de novembro de 2025
Guerra dos chips: CEO da Nvidia minimiza vantagem chinesa
Após afirmar que a China venceria a corrida pela IA, Jensen Huang mudou de tom e disse que Pequim ainda está atrás dos Estados Unidos
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, tem sido um personagem importante na disputa entre Estados Unidos e China. O empresário tenta se equilibrar em meio ao aumento das tensões e as recorrentes proibições de vendas de chips anunciadas pelos dois lados.
Nesta quarta-feira (05), ele chegou a afirmar que os chineses venceriam a corrida pela inteligência artificial. No entanto, foram necessárias poucas horas para que ele mudasse de tom, suavizando o seu alerta.
Nvidia tem muito a perder (e a ganhar)
Huang havia afirmado num primeiro momento que Pequim teria vantagem em relação aos EUA graças aos custos de energia mais baixos e regulamentações mais frouxas. Isso significaria que a Casa Branca perderia sua vantagem tecnológica.
Algumas horas depois, no entanto, a Nvidia emitiu uma declaração apresentando uma mudança de postura do CEO. Nela, o empresário destacou que "a China está nanossegundos atrás dos Estados Unidos em IA". E afirmou que é vital que os norte-americanos conquistem "desenvolvedores em todo o mundo".
Jensen Huang já se manifestou publicamente contra as restrições de exportação impostas pela Casa Branca às vendas de sua empresa para a China. Após reuniões com Donald Trump, ele até conseguiu a liberação da exportação de alguns produtos. No entanto, Pequim está barrando essas aquisições em uma estratégia pensada para impulsionar a indústria doméstica de chips.
De qualquer forma, de acordo com informações da CNBC, o executivo parece continuar firme na sua tentativa de não se indispor com nenhuma das duas principais potências econômicas globais. Precisaremos ficar de olho nos próximos movimentos da Nvidia e dos dois países.
Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de "guerra dos chips".
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca tenta impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
Fonte: OLHAR DIGITAL
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